Uma tragédia anunciada, isso porque o edifício foi largado a própria sorte, depois da mudança da polícia federal para uma nova sede, devido ao abandono deu margem para os movimentos de aproveitadores, que colocam famílias nesses espaços, cobram aluguel, não oferecem segurança, não oferecem, porque não têm como oferecer. Para os moradores, que poderiam ter tomado outros destinos, passam a ver essa oportunidade como uma forma fácil de morar, mas essa forma, custa caro para alguns e muito, muito caro para outros, como os moradores que morreram na tragédia.
Quando olhei e vi as pessoas sentadas próximas do local onde acontece o trabalho, pude diferenciar os grupos: pessoas idosas, pessoas com rostos sofridos, mulheres com crianças, mas vi também jovens fortes, que se bem orientados têm condições de vida melhor, não precisam ficar na aba ou no chapéu dos aproveitadores.
Essa tragédia pode servir de exemplo para nós, aqui em nossa cidade, acredito que poucos sabem que nossa brigada de incêndio, não possui um compressor para produzir oxigênio utilizado nos tanques de respiração, para eventualidades de salvamentos com incêndio. Possui sim, alguns cilindros carregados, porém se algo de maior proporção acontecer não haverá condição de trabalhar no salvamento.
Meu amigo e empresário Batista levou essa questão a uma entidade na cidade e sua preocupação foi rejeitada por pessoas que desejam ser líderes, mas se esquecem de que todos estão sujeitos a esse tipo de problema.
Nossa cidade simpatia precisa agora que todos, todos, mesmo olhem para ela, para todas as necessidades, olhem para o centro comercial, olhem para os bairros, para as escolas, para os hospitais e para as indústrias. Olhem e pensem em como ajudar a mudar esse cenário.
Vem-me a campanha da Globo “que país eu quero”, mas que Mogi Mirim nos queremos? Podemos começar a pensar nisso? Podemos começar a buscar respostas para essas questões.
Alguns podem dizer, isso é trabalho dos políticos, eu digo, também é do cidadão que aqui mora, também é do comerciante que sobrevive e dá empregos com os produtos vendidos na cidade, também é das empresas instaladas que produzem e pagam impostos e, principalmente, é dos que nasceram nesta cidade, é dos que vieram morar aqui, escolhendo Mogi Mirim para se instalarem e ser a cidade de nascimento de seus filhos.
Algumas vezes, fechamos os olhos para o problema, que parecem pequenos, “pensando isso não tem nada a ver comigo”, saiba que muita coisa pode acontecer e acabar afetando a todos. Quer um exemplo, o vizinho do 5º andar do edifício Wilton Paes de Almeida, que não orientou seu colega que não poderia ligar tantos aparelhos eletrônicos em uma tomada improvisada, não poderia imaginar que isso levaria o prédio a se incendiar, a cair, a matar pessoas e a danificar tantos prédios próximos. O cobrador do aluguel do edifício Wilton Paes de Almeida jamais imaginaria que esse dinheiro ficaria manchado de sangue, pois não o usou como prometido. Posso dar outros exemplos, mas paremos e pensemos em algo que por algum motivo não demos importância e que se tivéssemos orientado, seria diferente.
Vamos começar a agir, cada um ao seu modo, cada um ao seu tempo, pequenas ações juntas podem provocar mudanças incríveis.
Boa semana!
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