Multimilionário, popular e, acima de tudo, camisa 10 da seleção de futebol mais vencedora de todos os tempos, Neymar é símbolo de sucesso para todo um país que se orgulha de ver seus filhos que saíram da base alcançarem o topo do mundo. Sabe que é conhecido e, por isso gosta de aparecer, especialmente na internet, onde conquistou milhões de seguidores. Esses mesmos, que na Rede sempre o louvaram, repentinamente, se voltaram contra ele. O motivo? Foi acusado por uma mulher até então desconhecida. Toda a credibilidade que até ali se construiu, ruiu instantaneamente, mostrando que nas redes sociais as relações são instáveis e, os mesmos que num momento te elevam, demolem no outro, agindo sem antes ver a veracidade das informações passadas.
A esta situação também estão expostas nossas empresas. Ninguém está imune à ferocidade opinativa dos juízes de redes sociais, que definem o que é certo ou errado diante de suas próprias perspectivas de vida e sobre cada informação passada, mesmos aquelas que chegam quase horas depois da primeira desmentindo a anterior.
Uma verdade é que as pessoas estão predispostas a acreditar no conteúdo que elas desejam que sejam verdadeiros. Uma pesquisa realizada pelo PLOS ONE, da Inglaterra, em fevereiro de 2015, constatou que 91,5% das pessoas que curtem páginas com notícias ruins fazem questão de compartilhar as mesmas.
Em outras palavras, se o leitor estiver propenso a concordar com uma informação, não importa o quão inverdade ela seja, ele vai ignorar os indícios de falsidade e acreditar no que lê. E, então, compartilha. É a partir desse ponto que informações falsas podem perturbar ou mesmo prejudicar uma marca.
O fenômeno não está restrito a nenhum segmento. Em dezembro de 2015, circulou nas redes sociais uma imagem sugerindo que determinados alimentos servidos pelo McDonald’s são feitos de intestino reto do porco em vez de carne bovina, como de fato é. Apesar da montagem malfeita, muita gente compartilhou a foto e deu um grande trabalho desmentir e provar o contrário.
Desta forma, o monitoramento e a agilidade na comunicação são determinantes para agir nos focos de incêndio, caso surja um boato envolvendo sua marca ou sua empresa. O trabalho de relações públicas e assessoria de comunicação continua tendo peso, especialmente em redes sociais.
Pense nisso: as redes sociais são grandes aliadas, mas, para isso, precisam ser monitoradas, acompanhadas e sempre alimentadas com ações positivas de suas marcas. Como nosso Menino Neymar tem uma grande equipe de assessoramento, conseguirá sair desse enrosco e poderá voltar a se preocupar somente com o futebol. Porém, é bom que não nos esqueçamos que, se um dia alguém perguntar ao “Sr. Google”, a notícia vai aparecer.
Boa semana aos leitores e boa recuperação ao Neymar!
NELSON THEODORO JR
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